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19 de mai. de 2025
A transição energética é uma realidade incontestável diante das urgências climáticas globais. No Brasil, os avanços em energias renováveis colocam o país em posição estratégica para liderar uma nova economia de baixo carbono. No entanto, garantir que essa mudança ocorra de forma justa e inclusiva é um desafio que exige ação coordenada entre governos, empresas e a sociedade civil.
O papel do poder público na inclusão energética
Uma transição energética verdadeiramente sustentável não se limita à substituição de fontes fósseis por alternativas limpas. Ela precisa, sobretudo, assegurar que toda a sociedade será incluída nesse processo. Isso significa ampliar o acesso à energia limpa, segura e de qualidade para todas as regiões, especialmente as mais vulneráveis e historicamente excluídas dos grandes projetos de infraestrutura.
Programas públicos que incentivem a instalação de sistemas solares em comunidades rurais, linhas de crédito acessíveis para pequenos produtores adotarem tecnologias renováveis, capacitação técnica e geração de empregos verdes (como cooperativas e profissionais capacitados trabalhando nas usinas de energias limpa), são alguns dos caminhos possíveis para garantir que os benefícios da transição energética cheguem para todos.
Respeito e diálogo nos territórios
Outro aspecto fundamental para uma transição justa é o respeito às comunidades locais nos processos de implementação de usinas solares, eólicas ou de outras fontes renováveis. O planejamento energético deve levar em consideração os impactos ambientais, econômicos e sociais nos territórios onde os projetos serão instalados.
É essencial que haja diálogo transparente e prévio com as populações impactadas, respeitando seus modos de vida, culturas e economias locais. A implantação de uma usina, por exemplo, não pode representar a perda de elementos que muitas vezes sustentam essas comunidades, como o acesso à terra, à água ou à biodiversidade.
Energia limpa com justiça social
O Brasil tem um potencial extraordinário para ser referência mundial em energia limpa. Um exemplo disso, é a constante evolução do estado do Piauí, que bateu recordes de investimento na produção de energia eólica e solar, ocupando o 1º lugar no país em matriz elétrica renovável, com 99,75% da sua energia gerada por fontes limpas.
No entanto, o sucesso dessa jornada deve ser potencializado a partir da capacidade de transformar o desenvolvimento tecnológico em inclusão social. A transição energética justa é, portanto, uma oportunidade histórica de promover não só sustentabilidade ambiental, mas também equidade, cidadania e desenvolvimento para todos.
Na Brazil Energy, acreditamos que a revolução verde deve ser coletiva. Por isso, colocamos em debate, durante nossa conferência, os caminhos para tornar a energia limpa um direito acessível a todas e todos, com justiça, diálogo e responsabilidade.